segunda-feira, 23 de junho de 2014

Jatropha gossypiifolia - Pião-roxo

Jatropha gossypiifolia - Pião-roxo

  • Pinhão-roxo – Jatropha gossypiifolia. O pinhão-roxo (Jatropha gossypifolia) é uma planta também conhecida como pinhão-de-purga, pinhão-paraguaio, pinhão-bravo, pinhão, pião, pião-roxo, mamoninho, purgante-de-cavalo, american purging nut (inglês), dentre outros nomes populares. Inclui o sinônimo botânico Adenoropium gossypifolium. e pertence à família Euphorbiaceae.
O pinhão-roxo é uma planta nativa da América Tropical. No Brasil, está distribuída pela região Nordeste, Cerrado e Pantanal do Estado de Mato Grosso do Sul. É mais comumente encontrado em áreas tropicais, mas também pode se desenvolver em regiões sub-tropicais e semi-áridas.
  • O nome é originário do grego jatropha, que vem de iatrós (médico) e trophé (alimento).Gossypium é um nome dado por Caio Plínio Segundo (Plínio, o Velho) à planta, que é produtora de algodão, e folium, que significa folha, vez que o seu formato é semelhante a folha do algodoeiro.
Jatropha é um gênero botânico pertencente à família Euphorbiaceae, que inclui também a mamona.
O pinhão-roxo está distribuído no Brasil pela região Nordeste, Cerrado e Pantanal do Estado de Mato Grosso do Sul. É mais comumente encontrado em áreas tropicais, mas também pode se desenvolver em regiões sub-tropicais e semi-áridas.
  • O nome é originário do grego jatropha, que vem de iatrós (médico) e trophé (alimento).Gossypium é um nome dado por Caio Plínio Segundo (Plínio, o Velho) à planta, que é produtora de algodão, e folium, que significa folha, vez que o seu formato é semelhante a folha do algodoeiro. 
A espécie Jatropha gossypiifolia faz parte da Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS (RENISUS), constituída de espécies vegetais com potencial de avançar nas etapas da cadeia produtiva e de gerar produtos de interesse do Ministério da Saúde do Brasil.

Propriedades Botânicas:
  • Informações aqui descritas referem-se a pinhão bravo (Jatropha curcas, Linneo). Também conhecido como Pinhão do Paraguai, pinhão dos barbados, pinhão de purga, andubi-guacú, abrunheiro e abrunehiro bravo, medicineiro. Arbusto de suco leitoso, folhas em forma de coração,e flores pequenas amarelo-esverdeadas. 
Mede até 4 metros de altura. Tronco verde claro com escamas, liso e lustroso. Folhas alternas, pecioladas, cordiformes, recortadas; flores em cachos. Fruto cápsula trilocular. Sementes de cor cinzenta por fora e branca por dentro, ovais, com uma crista na ponta. Apresenta cheiro característico.
Origem : Arbusto das Américas Central e Meridional, da Índia e da África Ocidental.
  • Plantio : Multiplicação: por sementes; Cultivo: Em solos argiloarenosos e em climas quentes. É originária da África e da Índia, bem aclimatada no Brasil; Colheita: as folhas e talos devem ser colhidos na floração.
Arbusto com até 87 cm de altura; folhas vináceas, 3, 4, 5-lobadas, com até 12 cm de comprimento por até 9 cm de largura, nectários presentes na base do pecíolo, no pecíolo, no bordo das folhas e nas brácteas e cálice das flores; inflorescência com até 8 cm de comprimento; flores vináceas; fruto verde com até 1,5 cm de comprimento por até 1,2 cm de diâmetro contendo três lóculos e uma semente em cada um. 
  • Pode alcançar mais de 3 m de altura.
  • Luminosidade: Pleno sol.
  • Propagação: Principalmente por sementes e secundariamente por estacas caulinares.
Costuma destacar-se em devido a coloração e formato irregular de suas folhas. Costuma florescer e frutificar facilmente em nossa região. Assim como as outras espécies de Jatropha, seu cultivo é fácil, contudo costuma desenvolver-se melhor em solos férteis. Na coleção costuma ser atacada por abelhas Arapuá para a retirada de látex.
  • A alta densidade da vegetação espontânea pode causar graves prejuízos para o pinhão manso; entretanto, não se encontra estudos sobre a influência dessa vegetação no pião roxo. No Brasil, estudos realizados sobre a interferência dessa vegetação em hortaliças mostram que, além de prevalecente ela é danosa entre 20% e 50% do ciclo de vida da cultura.
Classificação científica:
  • Reino: Plantae
  • Divisão: Magnoliophyta
  • Classe: Magnoliopsida
  • Ordem: Malpighiales
  • Família: Euphorbiaceae
  • Gênero: Jatropha
Sinonímia:
  • Adenorhopium Rchb.
  • Adenoropium Pohl
  • Castiglionia Ruiz & Pav.
  • Collenucia Chiov.
  • Curcas Adans.
  • Jatropa Scop., var. ortográfica
  • Loureira Cav.
  • Mesandrinia Raf.
  • Mesandrinia Ortega
  • Zimapania Engl. & Pax
Principais espécies:
  • O gênero é composto por 398 espécies. As principais são:
  • Jatropha aconitifolia
  • Jatropha cuneata
  • Jatropha curcas
  • Jatropha gossypifolia 
  • Jatropha integerrima
  • Jatropha multifida
  • Jatropha podagrica
  • Jatropha phyllacantha

Jatropha gossypiifolia - Pião-roxo

Propriedades Químicas:
  • Teor em óleo (amêndoas) 52 a 57%. Características: meio-secativo; tóxico. 
  • Composição dos ácidos graxos: palmítico e esteárico 10 a 17%; oléico 45 a 62%; linólico 18 a 45%; mirístico, etc. 1%.
  • Avaliação Preliminar de parâmetros físico-químicos do Óleo e Biodiesel de Pinhão Roxo (SBQ)
A matriz energética brasileira está sendo ampliada com a produção de biodiesel e este será comercializado misturado ao diesel, constituindo uma alternativa para substituição, parcial ou completa, dos combustíveis de origem fóssil. 
  • Com esta estratégia haverá diminuição na agressão ao meio ambiente, devido à redução significativa das emissões de matéria particulada e outros poluentes (hidrocarbonetos, COx, e SOx). Além disto, o biodiesel é um material biodegradável.
Dadas as diversidades agrícolas regionais no Brasil, pode-se supor que os óleos de maior potencial são os de soja (sul, sudeste e centro-oeste), dendê (norte e nordeste) e babaçu (norte e nordeste). O objetivo deste trabalho é mostrar uma opção de oleaginosa que não possui grande valor comercial, mas que é bastante cultivada para fins ornamentais e místicos. 
  • A Jatropha gossypiifolia L., popularmente conhecida como pinhão roxo, é de fácil cultivo no norte e nordeste brasileiro, principalmente nas áreas da caatinga, podendo contribuir para o desenvolvimento da agricultura de subsistência e, assim, melhorar as condições de vida das famílias da região. 
Propriedades medicinais:
  • Anti-diarreico 
  • Anti-hipertensivo 
  • Cicatrizante
  • Diurético 
  • Purgativo
O pinhão-roxo pode ser utilizado na medicina popular como purgativo, vez que os glicosídeos presentes na casca da semente agem como estimulantes da musculatura gastrointestinal.
  • O pinhão-roxo também é utilizado para o tratamento da gota e outros tipos de reumatismos. Se usado topicamente, o macerado das folhas possui ação sobre aftas na mucosa bucal e hemostática ao estancar o sangue pois atua na coagulação do sangue e é hemaglutinante. Se misturado com óleo, acelera a cicatrização de furúnculos. 
Os óleos presentes nas sementes da planta têm características adequadas ao consumo humano, estando dentro das especificações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para óleos. 
  • No extrato do pinhão-roxo pode ser encontrado taninos catéquicos e flavonóides, sendo que ambos têm ação contra extrato Staphylococcus aureus e Candida albicans, além de potencial antioxidante.
Usos tradicionais: 
  • Diabetes, diarréia, dores estomacais, hemorróidas, hidropsias, hipertensão, neoplasias, queimaduras, reumatismo e úlceras pépticas.
Indicação: 
  • Diarreia, feridas, purgante, lubrificação, vernizes, iluminação, medicina, saboaria, útil contra as diarréias, especialmente das crianças.
  • Esta é uma planta reconhecidamente tóxica. Todavia, alguns dos vários usos dessa planta na medicina popular têm sido comprovados por estudos experimentais, dentre os quais se destaca a recente demonstração do seu efeito hipotensor. 
Efeitos colaterais e contraindicações:
  • O pinhão-roxo deve ser utilizado com muita precaução, visto que suas folhas e frutos são tóxicos quando usados em excesso, vez que possuem uma toxina chamada toxalbumina. Os sintomas vão desde náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarréia mucosa e sanguinolenta, até dispnéia, arritmia e parada cardíaca. 
O contato com o látex da planta ou mesmo com seus espinhos também pode causar dermatites de contato. A espécie apresenta potencial moluscocida, principalmente por apresentar saponinas na constituição de suas folhas e frutos, alvos de predadores como moluscos, insetos, larvas em geral e outros herbívoros.

Outros usos: 
  • O pinhão roxo é uma planta promissora para a produção de biodiesel. Desta planta, obtém-se biocombustível que libera poucos poluentes, e o CO2 liberado pode ser reciclado através da própria lavoura; contudo, existem poucas informações sobre seu cultivo. Então com o aumento das lavouras de pinhão roxo, torna-se de suma importância o controle das plantas daninhas no sistema.
Além da importância toxicológica e medicinal, o pinhão-roxo possui uso industrial, vez que o óleo extraído de suas sementes também é utilizado para iluminação, fabricação de óleos lubrificantes, tintas e sabões. Estudos mostram ainda a possibilidade de utilização deste óleo vegetal como biocombustível.

Jatropha gossypiifolia - Pião-roxo