terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Lutécio - (terras raras)

Conforme as expectativas do Plano Nacional de Mineração, até o ano de 2030, 
o setor de Petróleo e Gás oferecerá mais de seis milhões 
de postos de trabalho em suas indústrias.

  • O lutécio ( do latim "Lutetia", nome antigo da cidade de Paris, França ) é um elemento químico de símbolo Lu , de número atômico 71 ( 71 prótons e 71 elétrons ) apresenta massa atômica 175 u. À temperatura ambiente, o lutécio encontra-se no estado sólido. Faz parte do grupo das terras raras. Por ser um elemento muito caro, sua aplicação é limitada, entretanto, encontra alguns usos na indústria do petróleo.
Foi descoberto em 1878 por Jean-Charles Marignac, mais tarde em 1907 um químico francês Georges Urbain conseguiu separar as impurezas da itérbia em dois outros compostos na tentativa de purificá-los para obter as características físicas e químicas do mesmo, mas sem muito sucesso, aos quais deu o nome de neoiterbia e lutércia, respectivamente chamados de itérbio e lutécio atualmente.

Características e aplicações: 
  • É um dos elementos do bloco d, aparece com frequência incluído entre os lantanídios , já que compartilha com estas terras raras muitas propriedades, sendo o elemento mais difícil de isolar entre todos eles, o que justifica o seu preço e as poucas utilidades que apresenta.
O lutécio é um metal trivalente de coloração branco prateado, resistente a corrosão e relativamente estável em presença do ar. É o elemento mais pesado e duro de todas as terras raras.
  • O metal é empregado como catalisador no craqueamento do petróleo nas refinarias, e em diversos processos químicos como alquilação, hidrogenação e polimerização. Também usado enquanto Oxiortosilicato de Lutécio para ativar cintilador de Cério em câmera gama de última geração, na medicina nuclear. 
O radioisótopo de massa 177 desse elemento está sendo utilizado como fonte de radiação beta menos, associado a partículas de hidroxiapatita, para pesquisas em tratamento de tumores. Essas partículas carreadoras do radioisótopo podem atuar de forma seletiva nas células tumorais e podem evitar a irradiação de células sadias.

Petróleo:
  • Ao menos até agora, parece que estamos sendo capazes. Em maio passado, atingimos o recorde de extração de 2.1 milhões de barris/dia no país, incluindo poços do pré-sal que já estão em funcionamento. E, se olharmos para frente, mesmo sendo desafiador, o horizonte também é animador. 
Já está sendo pesquisada, por exemplo, a possibilidade de se transferir todo o processamento de petróleo das plataformas na superfície para o fundo do mar. Esse processo seria automatizado e reduziria a interface direta do homem na extração de petróleo, o que também diminuiria significativamente a necessidade dos profissionais trabalharem em alto mar, trazendo mais eficiência e segurança para o processo de extração.
  • No início da exploração e desenvolvimento do pré-sal, o custo médio para perfurar um poço era de US$ 120 a 140 milhões. Atualmente, estamos na faixa de US$ 45 a 50 milhões. Espera-se que, com as novas tecnologias, esse valor se torne ainda menor. E o melhor dessa história toda é que o setor está numa busca conjunta para superar os desafios. 
No nosso Centro de Pesquisas aqui no Brasil, por exemplo, estamos justamente desenvolvendo novas tecnologias para a extração do pré-sal, com foco em perfuração em águas profundas; sistemas submarinos de processamento de óleo, gás e água.
  • Também estamos pesquisando novas tecnologias que garantam o escoamento da produção do petróleo, desde o reservatório até a superfície. Tais inovações ajudarão o Brasil e grandes clientes nossos, como a Petrobras, a superar seus desafios de crescimento.
A Petrobras também tem seu Centro de Pesquisas, do qual somos parceiros. Ela também tem uma visão sobre o futuro do petróleo, retratada, no infográfico abaixo. Segundo essa visão, a indústria trabalharia com navios-plataformas customizados para cada tipo de campo de extração, e robôs sem cabeamento ficariam no fundo do mar, sendo guiados por sensores que seriam controlados por uma central em terra. 
  • A Petrobras estuda também o uso de nanomateriais, que são materiais inteligentes que fazem a reconstituição instantânea de revestimentos em caso de arranhões e pequenos danos nos equipamentos, o que consequentemente evitaria paradas para manutenção.
O futuro do petróleo, enfim, dependerá da nossa capacidade de criar tecnologias e parcerias capazes de construir soluções eficientes e seguras. A GE já está fazendo isso, para facilitar o trabalho de nossos parceiros e clientes, e ajudar a levar mais energia para o dia-a-dia dos brasileiros.

História:
  • A separação do lutécio do itérbio de Marignac foi descrito pela primeira vez por Urbain, prevalecendo o nome que este deu ao novo elemento descoberto. Urbain escolheu os nomes "neoitérbio" e "lutécio", apesar de Welsbach ter optado por chama-los de "aldebaranio" e "casiopeo". 
Em 1949 se decidiu conservar o nome itérbio e denominar o novo elemento de lutécio, mesmo que a comunidade científica alemã ainda empregue o nome "casiopeo" para o elemento 71.

Abundância:
  • É encontrado na natureza como a maioria das demais terras raras, porém nunca solitário de forma nativa. O principal mineral de lutécio comercialmente explorável é a monazita (Ce, La, etc.). PO4 que contém 0,003% de lutécio.
Não se conseguiu obter o metal puro até finais do século XX já que é extremamente difícil de ser preparado. O procedimento empregado é a troca iônica (redução de Lu Cl3 ou (Lu F3) anidro com metal alcalino ou metal alcalino-terroso

Isótopos:
  • O lutécio tem um isótopo estável, Lu-175, com uma abundância natural de 97,41%. Foram identificados 33 radioisótopos , sendo os mais estáveis o Lu-176, com uma meia-vida de 3,78 .1010 anos e abundância natural de 2,59%, o Lu-174 com 3,31 anos de meia-vida, e o Lu-173 com um período de semi-desintegração de 1,37 anos. 
Os demais isótopos radioativos tem meias-vidas inferiores a 9 dias, e a maioria destes com menos de meia hora. O lutécio, ainda, apresenta 18 meta estados, dos quais os mais estáveis são o Lum-177, Lum-174 e o Lum-178 com meias-vidas de 160,4 dias, 142 dias e 23,1 minutos, respectivamente.
  • As massas atômicas dos isótopos de lutécio variam desde 149,973 u do Lu-150 até 183,962 u do Lu-184. O principal modo de decaimento dos isótopos mais leves que o estável é a captura eletrônica ( com alguns casos de emissão alfa ) originando isótopos de itérbio. Os isótopos mais pesados que o estável se desintegram mediante a emissão beta resultando isótopos de háfnio.
Precauções:
  • Como as demais terras raras, se supõem que o metal tem uma baixa toxicidade, porém o lutécio como seus compostos devem ser manuseados com a máxima precaução. Mesmo que não desempenhe nenhum papel biológico no corpo humano, acredita-se que o lutécio estimula o metabolismo.

Operário verifica petróleo na cidade de Angra dos Reis em plataforma 
do Campo de Lula, a cerca de 300 km da costa do Rio de Janeiro