segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Phyllanthus spp - Erva-pombinha, Quebra-Pedra

Phyllanthus spp - Erva-pombinha, quebra-pedra

  • Cada vez mais a população brasileira busca alternativas para o tratamento de doenças. A maioria das pessoas não busca atendimento médico, consumindo produtos que podem colocar em risco sua saúde.
Zuccolotto et al. (1999) verificaram a ocorrência de problemas na qualidade de produtos fitoterápicos comercializados em Porto Alegre, tais como substituição de farmacógenos, contaminações e ausência do constituinte químico principal. Ressaltam ainda que as amostras provenientes de ervateiros foram as que apresentaram o maior índice de rejeição da qualidade.
  • Acidentes com o uso de plantas podem ocorrer pela alta concentração de doses, pelo estado de conservação das plantas e a forma de uso. A identificação incorreta de plantas, bem como o uso de diferentes plantas com a mesma indicação ou o mesmo nome popular, pode levar a intoxicações (Rates, 2001).
Diferentes espécies conhecidas como quebra-pedras são utilizadas popularmente para problemas renais no Rio Grande do Sul, muitas comercializadas fragmentadas, dificultando a identificação correta das espécies.
  • Neste trabalho pretendeu-se estabelecer diferenças morfológicas significativas entre as espécies comercializadas como quebra-pedras em Porto Alegre, estabelecendo-se padrões morfológicos que servirão de modelo para a identificação de diferentes espécies, contribuindo para a caracterização farmacognóstica das espécies de interesse como matéria-prima na indústria farmacêutica. Além disso, buscaram-se indícios de toxicidade, dados químicos e biológicos destas plantas.
Quebra Pedra é o nome popular de uma planta, cientificamente chamada Phyllanthus. Esta erva apresenta uma extrema capacidade de adaptação, podendo suportar locais muito adversos, na maioria das vezes com baixo nível de umidade e nutrientes.
  • O quebra-pedra (Phyllanthus spp.) é uma planta medicinal também conhecida como quebra-pedras, arranca-pedras, arrebenta-pedras, quebra-pedra-pranco, cana-de-bico, erva-pombinha, erva-pombo, chanca piedra e colarcillo (espanhol), stone breaker e shatter stone(inglês), dentre outros nomes populares. Inclui os sinônimos botânicos Phyllanthus niruri, Phyllanthus amarus, Phyllanthus tenelus, Phyllanthus amarus urinaria, P. carolinianus, P, sellowianus, P. fraternus, P. kirganella, P. lathyroides, P. lonphali, Nymphanthus niruri, dentre outras. Pertence a família Euphorbiaceae.
É comum se alastrarem nas rachaduras e frestas dos muros e calçadas: quem observa pode pensar, que foram elas que provocaram as rachaduras para poder brotar. É justamente por essa característica que surgiu o nome popular "quebra-pedra" (em espanhol, é conhecida como "chanca piedra").A medicina popular brasileira utiliza esta planta como auxiliar no tratamento de problemas relacionados ao aparelho urinário e também no combate a problemas estomacais.
  • O nome Phyllanthus vem do grego phyllon (folha) e anthos (flor), em referência às flores produzidas em ramos que se assemelham a folhas compostas. A maior parte do gênero é de origem paleotropical, com cerca de 200 espécies distribuídas pelas Américas, principalmente Brasil e Caribe.
Cerca de onze espécies atingem latitudes temperadas, mas não são encontradas na Europa e na costa pacífica do continente americano. No Brasil, as espécies mais conhecidas e chamadas popularmente de quebra-pedra ou erva-pombinha são as Phyllanthus niruri L.,Phyllanthus amarus Schum. & Thonn e Phyllanthus tenellus Roxb. Müll. Arg., reconhecidas popularmente por suas propriedades diuréticas. 
  • Planta da família das Euphorbiaceae, também conhecida como quebra-pedra. Planta muito comum no Brasil, de caule de até 60 centímetros de altura, fino, folhas pequenas e ovais, de cor verde-escuras, flor amarela e hermafroditas. O termo quebra-pedra é a designação comum para vários tipos de plantas do gênero Phyllanthus, da família das euforbiáceas, comummente utilizada em chás caseiros para dissolver cálculos renais.
A espécie de Quebra Pedra mais facilmente encontrada no Brasil - e também a mais utilizada - é a Phyllanthus niruri. O uso praticamente se restringe à medicina popular, uma vez que quase não são vistas espécies deste gênero utilizadas como ornamental
  • O quebra-pedra é uma pequena erva com cerca de 30 a 40 cm de altura. É originária das florestas tropicais da Amazônia e outras áreas tropicais em todo o mundo, incluindo sul da Índia, Bahamas e China. A variedade Phyllanthus niruri é bastante comum na Amazônia e outras florestas tropicais úmidas, crescendo e se espalhando como erva-daninha. A P. amarus e P. sellowianus estão intimamente relacionadas com a P. niruri na aparência, estrutura fitoquímica e histórico de uso medicinal, mas normalmente são encontrados em climas tropicais mais secos. 
O gênero Phyllanthus contém mais de 600 espécies de arbustos, árvores e ervas anuais ou bienais distribuídas pelas regiões tropicais e subtropicais de ambos os hemisférios. A Phyllanthus spp (P. amarus, P.niruri, P. tenellus e P. urinaria) faz parte da Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS (RENISUS), constituída de espécies vegetais com potencial de avançar nas etapas da cadeia produtiva e de gerar produtos de interesse do Ministério da Saúde do Brasil.

Propriedades Químicas:
  • A ciência responsável pelo estudo dos componentes químicos dos vegetais denomina-se Fitoquímica. E estuda cada grupo da planta, desde a estrutura química molecular até as propriedades biológicas dos vegetais, faz levantamentos e análises dos componentes químicos das plantas, como os princípios ativos, os odores, pigmentos, entre outros. 
A fitoquímica objetiva o esclarecimento e registro dos constituintes resultantes do metabolismo secundário dos vegetais, através do isolamento e elucidação de suas estruturas moleculares (MATOS, 1997). 
  • Desde muito tempo, a abordagem fitoquímica vem assumindo diferentes versões, ora mais simples ora mais complexa, mais específica ou mais geral, para isso tanto o levantamento bibliográfico, como o conhecimento popular servem de base para identificação dos princípios ativos das plantas medicinais (SOUSA, 2011).
As plantas medicinais em todo o mundo são usadas desde tempos pré-históricos na medicina popular dos diversos povos, e são todas aquelas que possuem propriedades bioativas que ajudam no tratamento de doenças devido ao seu princípio ativo. O uso dessas plantas encontra-se em expansão em todo o mundo, constituindo um mercado farmacêutico altamente promissor. 
  • A Phyllanthus niruri ou quebra pedra como é popularmente conhecida é uma planta herbácea, glabra e pequena, de caules simples ou ramificados e folhas alternas dísticas verdes. Estão presentes nas regiões tropicais e subtropicais, ocorrendo em quase todo o território nacional podendo ser facilmente encontrada em frestas e rachaduras de muros e calçadas, esse fácil acesso permite que essa planta seja bem consumida pela população. (GARCIA, 2004)
A Phyllanthus niruri tem sido amplamente utilizada na medicina popular, principalmente sob a forma de extrato aquoso (chá), que pode ser obtido utilizando-se as partes aéreas ou toda a planta, incluindo as raízes, com fins de tratamento de cálculos renais e urinários, infecções intestinais e urinárias, diabetes e hepatite. (LIONÇO et al, 2001). 
  • Estudos clínicos comprovam a atividade terapêutica da Phyllanthus niruri em afecções do aparelho geniturinário e foram comprovadas suas ações antivirais na Hepatite B e urolitiásica.
Nos últimos anos, várias pesquisas científicas praticamente comprovaram os benefícios do uso do chá de quebra-pedra para combater cálculos renais. Faltava, no entanto, desvendar o mecanismo de ação das infusões feitas com as folhas e sementes da espécie vegetal Phyllantus niruri, nome científico da planta. 
  • Estudos recentes conduzidos por pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) deram um passo significativo nessa direção. Ao contrário do que a sua popular designação dá a entender, o chá de quebra-pedra não quebra nada. Ele não faz um cálculo grande se partir em pedaços menores, como muitos acreditam. Seu efeito positivo é um pouco mais sutil, mais preventivo do que curativo, mas não menos eficiente.
O chá impede a agregação dos cristais de oxalato de cálcio, o componente químico mais comum das pedras. Sob sua ação, os cristais acabam não aderindo uns aos outros, evitando assim a formação de cálculos de maior dimensão, aqueles que provocam dor na região do rim e são difíceis de ser expelidos sem o auxílio de algum remédio ou tratamento. Na prática, as infusões com Phyllantus param o processo de crescimento das pedras já existentes e evitam a formação de novos cálculos.
  • Somente por causa dessa propriedade, o consumo do chá, sob supervisão médica, já seria recomendado. Mas as pesquisas indicam que a bebida pode proporcionar ainda um segundo alívio aos portadores de cálculos renais, em torno de 10% da população geral: o quebra-pedra é capaz de relaxar o sistema urinário, o que torna menos penosa a tarefa de eliminar as pedras. 
“Na pior das hipóteses, o chá de quebra-pedra é tão eficaz quanto as drogas convencionais usadas para tratar de cálculos renais”, compara o nefrologista Nestor Schor, da Unifesp. “Com a vantagem de ser um produto mais barato e comprovadamente não-tóxico.”
  • Schor é coordenador de um projeto temático da FAPESP sobre insuficiência renal aguda e outras questões relacionadas aos rins, como o estudo da formação de pedras no órgão e o mecanismo de ação do extrato aquoso – o próprio chá – do Phyllantus. Numa outra linha de estudo do temático, pesquisadores descobriram que uma proteína da urina, aretinol binding protein (RBP), pode ser um indicador precoce de futuros problemas renais em pacientes que sofreram transplante de coração.
A presença de pedras nos rins é um problema antigo da espécie humana. A análise de múmias egípcias mostra que os cálculos renais já atormentavam a vida desse povo há, pelo menos, 7 mil anos. Não há nada específico que possa ser apontado como o grande fator desencadeador da formação das pedras na maioria das pessoas, apesar da incidência de cálculos apresentar uma curva crescente na história recente. 
  • Fatores genético-hereditários, problemas metabólicos, infecções no trato urinário e até o sedentarismo podem estar associados à ocorrência do problema. A ideia de que dietas extremamente ricas em cálcio originam obrigatoriamente pedras nos rins não tem respaldo científico.
A menos que tenha uma clara predisposição genético-metabólica, uma pessoa não desenvolve cálculos por causa do consumo de leite e seus derivados, alimentos com alta concentração desse elemento químico. De concreto, as estatísticas médicas mostram que as taxas atuais de reincidência de cálculo são altas. 
  • “Metade das pessoas que tiveram pedra nos rins volta a ter o problema no período de um ano e 70% em dois anos”, diz Mirian Boim, fisiopatologista da Unifesp que estuda há 15 anos o emprego do quebra-pedra contra cálculos.

Phyllanthus spp - Erva-pombinha, quebra-pedra

Ação antiaderente:
  • O mecanismo de ação do chá no combate à gênese de pedras nos rins ainda não foi totalmente desvendado, mas os pesquisadores contabilizam alguns progressos. Descobriram, por exemplo, que a infusão de Phyllantus diminui a adesão de cristais de oxalato de cálcio nas paredes (epitélio) do túbulo renal, um fino tubo que faz parte de cada unidade ativa de excreção do rim. 
O que isso tem a ver com a origem dos cálculos? Para que ocorra a formação de pedras no rim, é imprescindível que haja a adesão dessas mini-partículas nos tecidos do túbulo. “Se isso não acontecesse, os cristais de oxalato ficariam em suspensão e seriam eliminados pela urina”, diz Mirian.
  • Após grudar nos tecidos do túbulo, as partículas de oxalato de cálcio são absorvidas pelas células renais, num processo chamado de endocitose. Quando são grandes, com mais de meio milímetro, os cristais podem provocar a morte das células. Já os menores passam algum tempo no interior das células e são liberados de volta ao túbulo renal. 
O problema é que, depois do passeio intracelular, os cristais retornam mais robustos, acrescidos de proteínas e agregados que aumentam a sua dimensão. Com os indícios colhidos em seus experimentos, os pesquisadores formularam uma hipótese para explicar por que o chá de quebra-pedra evita a adesão das partículas de oxalato de cálcio.
  • De uma forma simplificada, pode-se dizer que os cristais se prendem à parede celular porque há uma atração elétrica entre ambos. Os cristais têm carga positiva, e a parede celular, negativa. “O Phyllantus parece mudar a polaridade da carga dos cristais, inibindo assim sua adesão ao epitélio e diminuindo o processo de endocitose”, diz Mirian. 
Para dificultar ainda mais a formação de cálculos, o chá promove também uma alteração na estrutura do tipo de cristal de oxalato de cálcio mais maléfico ao organismo, os chamados monoidratados, que se fixam mais facilmente à parede celular. O chá os transforma em cristais diidratados, cujo grau de adesão é bem menor.
  • Evitar a entrada de partículas de oxalato de cálcio em células parece ser uma propriedade não só do chá de quebra-pedra, mas da própria planta. Alertada por uma colega australiana, que havia observado a presença de cristais nas folhas de espécies vegetais semelhantes ao Phyllantus , a fisiopatologista percebeu o mesmo fenômeno no quebra-pedra. 
Num aparente mecanismo de autodefesa, que regula o nível de cálcio em suas células, a planta inibe a entrada dos cristais, o que provocaria o acúmulo das partículas na sua parte externa, as folhas. Com auxílio de um microscópio eletrônico, Mirian visualizou facilmente os cristais nas folhas da quebra-pedra. Ao que tudo indica, esse mecanismo natural de regulação da entrada de cálcio mantém-se no extrato aquoso da planta e é repassado para quem toma o chá.
  • As pedras nos rins podem ser do tamanho de um grão de areia ou de uma pérola. Em casos extremos, alcançam a dimensão de uma bola de golfe. Podem ser lisas ou exibir recortes. Ser amarelas, avermelhadas ou marrons. Em 80% dos casos, são constituídas de oxalato de cálcio, mas há também cálculos feitos de fosfato de cálcio, ácido úrico e outros materiais. 
Ou ainda uma combinação de vários elementos químicos. Em casos simples, os médicos geralmente pedem que os portadores de cálculos tomem muita água, o que facilita a movimentação e eliminação da pedra, e um analgésico ou anti-inflamatório para diminuir a dor.
  • Em situações extremas, em que a pedra é maior e o sofrimento é grande, o paciente é internado num hospital. No passado, o procedimento – padrão nessas ocasiões era a cirurgia para retirar o cálculo. Hoje em dia, em alguns casos, podem ser empregados métodos alternativos não – invasivos, como o uso de equipamentos que criam ondas de choque que partem as pedras em pedaços menores.
Todas as evidências científicas, fruto de pesquisas com o uso do chá em ratos, seres humanos e testes conduzidos in vitro, indicam que a bebida pode ser uma alternativa a alguns desses procedimentos.
  • Afinal, o extrato aquoso do Phyllantus realmente previne a formação de novas pedras e pode auxiliar a eliminação das já existentes. Isso, no entanto, não quer dizer que os pesquisadores da Unifesp recomendem seu uso indiscriminado. Ainda são necessários estudos mais prolongados, que acompanhem a ação do chá em seus usuários por um período de seis meses. Até agora, o tempo máximo de acompanhamento se restringiu a três meses. 
Os médicos também não sabem qual é a dose ideal de chá que deve ser consumida pelos portadores de cálculo. Além dessas questões científicas, há empecilhos práticos que desestimulam a automedicação com as infusões de quebra-pedra. 
  • Não há disponível no mercado um chá comercial de qualidade feito com a espécie vegetal e algumas pessoas podem confundir o Phyllantus com outras plantas e acabar tomando a infusão errada. “O chá funciona, mas é preciso ter cuidado com o que se toma”, afirma Schor.
Um alívio para os transplantados:
  • A ciclosporina, principal droga usada no combate à rejeição de órgãos transplantados, aumenta a sobrevida dos pacientes, mas costuma causar um efeito colateral indesejado. Seu uso continuado e em altas doses provoca danos aos rins, podendo levar ao comprometimento total desse órgão, problema de saúde que aumenta o risco de morte nesse tipo de doente. 
A equipe do médico Álvaro Pacheco e Silva Filho, da Unifesp, descobriu uma forma de diagnosticar precocemente essa agressão aos rins, quando os prejuízos ao funcionamento do órgão ainda estão em sua fase inicial e, talvez, possam ser controlados.
  • Os pesquisadores perceberam que transplantados do coração que apresentam altas concentrações de uma conhecida proteína encontrada na urina, aretinol binding protein (RBP), têm maior chance de desenvolver insuficiência renal crônica. 
Mesmo quando todos os demais parâmetros clínicos do paciente revelam-se plenamente satisfatórios, como a taxa de creatinina (proteína classicamente medida para inferir o grau de funcionamento dos rins), o simples aumento na quantidade de RBP na urina indica que o dano aos rins já está em curso. 
“Nesse caso, estamos falando de transplantados que, até agora, julgávamos perfeitamente saudáveis”, comenta Silva Filho. “Pacientes que qualquer médico examinaria e diria que estão muito bem.”
O médico conseguiu estabelecer a relação entre os níveis de RBP e problemas nos rins depois de realizar medições em 92 transplantados cardíacos em ótimas condições clínicas. Entre os que exibiam índices da proteína superior a 0,4 miligrama por litro de urina, 38% desenvolveram insuficiência renal crônica, levando à perda de um ou ambos os rins. 
Nos pacientes com taxas menores do que esse índice, não houve registro de nenhum caso de insuficiência. “E nenhum desses transplantados perdeu o rim.”
Vista agora como um marcador do nível de toxicidade renal da ciclosporina, a taxa de RBP é uma nova arma na luta para controlar os efeitos colaterais da ciclosporina. É uma batalha árdua. Para diminuir a ação negativa da droga anti-rejeição, os médicos costumam reduzir a dose do remédio ou utilizar novos compostos aparentemente menos tóxicos, como a azatioprina ou o micofenolato mofetil. 
“Com esses procedimentos, já conseguimos diminuir a taxa de RBP em alguns pacientes, mas ainda não temos certeza de que as células renais deixaram de sofrer”, pondera Silva Filho. De qualquer forma, a descoberta do marcador fornece um aviso antecipado do problema. “Encontramos um novo uso para um velho teste”, comenta Silva Filho.
Propriedades medicinais: 
  • A quebra-pedra foi assim chamada depois de ser utilizada com eficácia por gerações de povos indígenas da Amazônia para ajudar na eliminação de cálculos biliares (vesícula biliar) e cálculos renais (pedras nos rins). 
Outros usos principais do quebra-pedras incluem o equilíbrio, fortalecimento, desintoxicação e proteção do fígado e dos rins, redução do ácido úrico e aumento da micção; combate à ação de vírus, incluindo hepatite A, B, e C, herpes e HIV e reduz a hipertensão os níveis de colesterol ruim corpo.
  • Em estudo clínico, o extrato de quebra-pedra foi capaz de bloquear a formação de cristais de oxalato de cálcio (blocos de pedras nos rins). Em 2002, pesquisadores trataram durante 42 dias ratos com bexigas com cristais de oxalato de cálcio utilizando o chá de Quebra-Pedras. 
Os resultados indicaram que a quebra-pedras inibiu a quantidade e crescimento das pedras no grupo controle. Em outro estudo, de 2003, pesquisadores concluíram que o quebra-pedra pode prevenir a formação de cálculos renais, sendo uma alternativa natural de prevenção e tratamento da urolitíase. 
  • O efeito antiespasmódico da planta inclui o relaxamento a musculatura lisa no trato urinário ou biliar, auxiliando na expulsão de cálculos renais ou na bexiga.
Pesquisares da Índia concluíram que a quebra-pedras aumenta a secreção de ácidos biliares na vesícula biliar, reduzindo significativamente os níveis de colesterol e triglicérides em ratos. Os efeitos hipotensores foram atribuídos a um fitoquímico encontrada no quebra-pedras conhecido como geraniin. Em 1995, cápsulas de quebra-pedra dadas a pacientes resultaram em um aumento significativo no volume de urina e excreção de sódio. 
  • Também foi notado um diminuição acentuada nos níveis de açúcar no sangue, agindo em terminações nervosas expostas a alta concentração de açúcar no sangue (altas concentrações podem levar a neuropatia diabética e degeneração macular). Tais propriedades hipoglicemiantes da planta foram conferidas em parte a presença de ácido elágico.
O quebra-pedra também ajuda na redução do colesterol, além de desintoxicar e reparar danos no fígado em pacientes com hepatite e icterícia. Atualmente, a quebra-pedra é muito pesquisada por suas potenciais propriedades contra vários tipos de câncer, incluindo a inibição da reprodução de células cancerígenas (incluindo células do sarcoma, carcinoma e linfoma). 
  • As propriedades antivirais da planta também são muito pesquisadas para a cura de várias doenças. A planta possui uma grande quantidade de fitoquímicos e por isso, existe grande dificuldade de isolá-los e pesquisar sobre os seus efeitos separadamente, fator que explica porque muitas propriedades medicinais do quebra-pedra ainda continuam sem qualquer tipo de comprovação científica.
Sua principal função é eliminar pedras, mas também tem bons resultados, e é eficiente, para artrite e ácido úrico. Pesquisa na Índia revela sucesso no tratamento da hepatite B. É anti-inflamatório, bom para distúrbios prostáticos e analgésico.
  • Sugestão de receita para uma crise de cálculos renais: usar o quebra-pedra erecto, e um pedacinho pequeno da raiz do assa-peixe. Um relaxa a musculatura e o outro quebra a pedra. São duas plantas com toxidade baixa.
Esse matinho que nasce por todos os lados é uma planta bem usada e bem estudada. Esse é o quebra-pedra erecto. Mas cuidado com o quebra-pedra rasteiro, pois é TÓXICO. Seu látex, que é um cáustico suave, é bom para usar em verrugas de crianças.

Indicações: 
  • Ácido úrico, bexiga, blenorragia, cálculo renal, cólica dos rins, corrimento, diabete, fígado, icterícia (raízes), pele. É comprovada a sua eficácia no combate ao vírus da hepatite B.
Contra-indicações: 
  • A quebra-pedra pode aumentar o efeito da diabetes (pode interagir com outros remédios antidiabéticos ou até potencializar os efeitos da insulina, pressão alta e de outros diuréticos). Em altas doses a planta pode ser abortiva. 
Não deve ser utilizado durante a gravidez. A planta tem sido indicada como redutor da fertilidade feminina (contraceptivo). Pessoas com condições cardíacas frágeis só devem utilizar a planta sob recomendação e supervisão médica.
  • Não indicado para cardíacos e gestantes.
Efeitos colaterais: 
  • Pode causar vômitos, diarréia e insuficiência cardíaca.

Phyllanthus urinaria (Quebra-pedra)